GRI 2-12, GRI 2-25
Na Braskem, avaliamos os temas materiais para nosso negócio considerando a perspectiva da gestão de riscos corporativos, que busca reduzir os níveis de exposição a perdas pela companhia em nível empresarial, incluindo as questões ambientais, sociais e de governança.
Por meio de um processo cíclico, anual e baseado em referências internacionais (utilizando ISO 31000(10) e COSO(11) – Enterprise Risk Management), identificamos e compreendemos os riscos para o nosso negócio, considerando todas as localidades em que a Braskem opera. Na sequência, classificamos cada um dos riscos identificados em quatro categorias – estratégicos, operacionais, financeiros e regulatórios – e avaliamos os potenciais impactos e as probabilidades de ocorrerem.
Com base nessa avaliação, os riscos são discutidos e priorizados, envolvendo, em última instância, o Conselho de Administração, que aprova o mapa de riscos corporativos global. Com isso, planos de tratamento são elaborados e monitorados, com o objetivo de minimizar eventuais impactos que possam comprometer o atingimento dos objetivos relacionados a nossa estratégia de longo prazo.
Esse processo é acompanhado pelo Conselho de Administração e seus comitês de assessoramento, quando aplicável, e está formalizado em uma Política Global de Gestão de Riscos.
Em 2023, avaliamos 100% dos riscos mapeados pela companhia, definindo a matriz de riscos corporativos com base naqueles que foram priorizados e acompanhados pelo Conselho de Administração – os demais riscos avaliados nesse processo foram monitorados pelas respectivas equipes da companhia. Também passamos a utilizar a metodologia de gestão de riscos para avaliação e aprovação de iniciativas e projetos estratégicos da companhia.
(10) Norma ISO que fornece princípios e diretrizes genéricas para a gestão de riscos.
(11) Arcabouço de orientações para a gestão de riscos corporativos de forma integrada,definidos pelo Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (COSO).
A matriz de riscos corporativos também contempla os riscos em direitos humanos,
identificados por meio do processo de devida diligência, concluído em 2022.
Nosso mapeamento de riscos de longo prazo envolve os aspectos relevantes apontados pela nossa matriz de materialidade. Tais riscos são identificados, discutidos e avaliados pelas lideranças (diretores e vice-presidentes) durante o ciclo anual de avaliação e, se priorizados, são levados para os comitês e Conselho.
Após a avaliação dos riscos corporativos das operações da Braskem, destacamos alguns riscos que estão sendo tratados e monitorados:
• Fatores macroeconômicos e geopolíticos
Instabilidade nos cenários macroeconômicos e políticos, em crises econômicas, guerras e/ou conflitos, incluindo sanções, alterando a dinâmica dos negócios e indisponibilidade de produtos e insumos, ou cessando políticas de incentivos fiscais.
• Ciclo petroquímico
Mercado petroquímico, o qual alterna períodos de oferta limitada, aumento de preços e margens, seguidos por sobre oferta, o que pressiona preços e margens para baixo até que um novo clico de demanda possa absorver esse excedente de produto.
• Mudanças climáticas
Preocupação da sociedade com as mudanças do clima, com os alinhamentos dos governos com o Acordo de Paris, regulação crescente para a redução de emissões de gases do efeito estufa.
• Imagem do plástico
Preocupação global com o meio ambiente, com o descarte inadequado de resíduos plásticos pós-consumo e com a regulamentação governamental de plásticos.
• Questões socioambientais
Impactos ambientais, de saúde e segurança a que as operações químicas e petroquímicas estão sujeitas. Riscos eventuais para os nossos trabalhadores e para as comunidades vizinhas às áreas industriais e de transporte de produtos e matérias-primas, como dutovias, estradas e portos
• Segurança cibernética e da informação
Aumento de ciberataques, paradas operacionais não programadas, indisponibilidade de sistemas que afetem a operação regular da companhia com consequentes danos à imagem e reputação.